STF - Provido recurso para assegurar incidência de IOF sobre venda de ações | |
O
ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu
provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE) 266186, interposto
pela União contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região
(TRF-3), para determinar a incidência de Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF) sobre transmissão de títulos e valores mobiliários,
entre os quais, ações de companhias abertas e respectivas bonificações. O
relator indeferiu o recurso no ponto em que pedia a cobrança do imposto
em relação a saques da caderneta de poupança. O ministro observou que a
questão já foi decidida pelo tribunal em RE com repercussão geral
reconhecida.
No caso dos autos, o TRF-3 declarou a inconstitucionalidade dos incisos IV e V, do art. 1º, da Lei 8.033/1990, no sentido de dispensar a cobrança de IOF sobre a transmissão de ações de companhias abertas e também sobre saques em cadernetas de poupança. No RE, a União alega que os dispositivos legais impugnados observam o Código Tributário Nacional, não podendo se falar em imposto novo. Argumenta ainda que, em relação ao regate de aplicações financeiras, inclusive os saques de cadernetas de poupança, o IOF incide sobre a operação em si, e não sobre o patrimônio estático. Ao decidir sobre a questão, o ministro observou que o Plenário do STF, ao julgar o RE 583712, reconheceu repercussão geral da matéria e concluiu pela constitucionalidade da cobrança de IOF nessa hipótese. Naquele julgamento, o Tribunal considerou não haver incompatibilidade material entre os artigos 1º, inciso IV, da Lei 8.033/1990 e o artigo 153, inciso V, da Constituição Federal, pois a tributação de um negócio jurídico que tenha por objeto ações e respectivas bonificações insere-se na competência tributária atribuída à União no âmbito do Sistema Tributário Nacional, para fins de instituir imposto sobre operações relativas a títulos ou valores mobiliários. Ao negar o pedido em relação aos saques de caderneta de poupança, o relator ressaltou que a jurisprudência do STF é pela inconstitucionalidade da cobrança. Citou como precedente o RE 238583, de relatoria do ministro Ilmar Galvão (aposentado), em que foi declarada a inconstitucionalidade do dispositivo da Lei 8033 prevendo a cobrança. Fonte: Supremo Tribunal Federal/AASP |
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terça-feira, 12 de abril de 2016
STF - Provido recurso para assegurar incidência de IOF sobre venda de ações
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