TRF-3ª - Decisão nega imunidade de Pis/Cofins para leitores de livros digitais | |
Decisão
do desembargador federal Marcelo Saraiva, da Quarta Turma do Tribunal
Regional Federal da 3ª Região (TRF3), negou pedido da Saraiva e
Siciliano S/A de extensão aos leitores de livros eletrônicos digitais
(e-readers) da inexigibilidade de PIS/CONFINS concedida para o papel
destinado à impressão de livros, jornais e revistas. A empresa buscava a
aplicação dessa imunidade tributária, prevista na Constituição Federal,
aos modelos Bookeen Lev e Bookeen Lev com luz.
O relator do caso explicou que uma interpretação teleológica e extensiva do artigo da Constituição poderia levar à conclusão da possibilidade jurídica da tese sustentada pela empresa. Isso porque, explica o magistrado, “a imunidade tributária conferida ao papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, tem o escopo de impedir a oneração de tributos sobre o acesso do cidadão à informação e a cultura e, equiparando-se à finalidade do leitor eletrônico e-readers ao do papel”. Contudo, o desembargador federal concluiu que, como a empresa não informou as especificações dos equipamentos, não foi possível verificar se as potenciais aplicações disponibilizadas ao usuário substituem, de fato, o papel ou, ao contrário, se equiparam-se aos demais equipamentos multimídias disponíveis no mercado. Além disso, embora possam aparentemente conter finalidade educativa, o relator entende que os e-readers não podem ser equiparados ao papel destinado à impressão de livros para fins de extensão da imunidade tributária, pois a Constituição prevê que são contemplados pela imunidade, exclusivamente, "livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão". Apelação Cível nº 0007994-45.2014.4.03.6119/SP Fonte: Tribunal Regional Federal da 3ª Região/AASP |
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terça-feira, 17 de novembro de 2015
TRF-3ª - Decisão nega imunidade de Pis/Cofins para leitores de livros digitais
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