TJSP - Banco é responsabilizado por induzir idosa a adquirir previdência privada | |
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22ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo
manteve condenação de um banco, que deve indenizar e ressarcir uma
cliente idosa, com mais de 80 anos e portadora de Alzheimer, induzida a
contratar plano de previdência privada a ser resgatado em 10 anos. O
estabelecimento deverá declarar a inexistência de relação jurídica entre
as partes; devolver R$ 9,3 mil, mais juros e correção monetária; e
pagar indenização por danos morais no valor de R$ 20 mil.
De acordo com o desembargador Roberto Mac Cracken, relator da apelação, a mulher dirigiu-se a uma agência bancária para fazer depósito em conta poupança, mas, “apesar da evidente incapacidade que demonstrava”, foi instigada a adquirir plano de previdência. O banco alegava que a mulher exerceu regularmente seu direito e que não existiram danos morais ou materiais. O argumento não convenceu a turma julgadora. O relator destacou em seu voto texto da decisão de primeira instância, proferida pela juíza Roberta Cristina Morão, da 4ª Vara do Foro Regional de Vila Mimosa: “É de conhecimento geral que os prepostos das instituições financeiras são obrigados a cumprir metas, vendendo produtos de interesse da instituição, como se fosse investimento, o que, certamente não é a previdência privada na qual o dinheiro da autora foi colocado”. A turma julgadora também determinou o encaminhamento dos autos, com urgência, ao Ministério Público de São Paulo, especificamente para a Promotoria de Justiça de Direitos Humanos – Idoso, para que o caso seja apurado na esfera criminal. O julgamento teve participação dos desembargadores Sérgio Rui e Alberto Gosson, com votação unânime. Processo: Apelação nº 0004347-33.2014.8.26.0084 Fonte: Tribunal de Justiça de São Paulo/AASP |
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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
TJSP - Banco é responsabilizado por induzir idosa a adquirir previdência privada
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