CJF - Concubinato fruto de adultério não dá direito à pensão previdenciária | |
Não
há disputa entre esposa e concubina pela pensão previdenciária. Essa
foi a tese reafirmada pela Turma Nacional de Uniformização dos Juizados
Especiais Federais (TNU) no julgamento de um pedido de uniformização
interposto por uma esposa inconformada com a concessão do benefício do
marido morto à companheira dele fruto de um relacionamento fora do
casamento. O homem mantinha as duas famílias ao mesmo tempo. O caso foi
analisado na sessão do colegiado que ocorreu nesta quarta-feira (12/6).
Conforme informações dos autos, o Juizado Especial Federal e a Turma Recursal de Pernambuco julgaram improcedentes os pedidos da esposa para cancelar o pagamento da pensão em favor da companheira do marido. O acórdão ressaltava que: “a complexidade das relações de fato no seio social, notadamente no campo afetivo, indica que a proteção previdenciária pode avançar mesmo que o relacionamento fundamentador da relação previdenciária seja em tese vedado no caso em que o segurado falecido era casado”. No entanto, o relator do processo na TNU, juiz federal Herculano Martins Nacif, levou em conta o entendimento já consolidado sobre o assunto na jurisprudência da própria Turma Nacional (PEDILEF 200872950013668), do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o posicionamento firmado, a pensão por morte, em casos de simultânea relação matrimonial e de concubinato, deve ser deferida apenas à viúva, não cabendo rateio com concubina. “O concurso entre esposa e companheira para o recebimento de pensão por morte só é possível na hipótese de ‘cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que recebia pensão de alimentos’, nos termos do artigo 76, parágrafo 2º, da Lei 8.213/91. Do contrário, não deve se falar em relação de companheirismo, mas de concubinato, o que não gera direito à pensão previdenciária”, justificou o magistrado em seu voto. Ainda de acordo com o juiz federal Herculano Martins Nacif, a proteção do Estado à união estável alcança apenas as situações legítimas, nas quais não está incluído o concubinato. “O concubinato impuro do tipo adulterino, isto é, a relação extra-conjugal paralela ao casamento, não caracteriza união estável pelo que não justifica o rateio da pensão por morte entre cônjuge supérstite e concubina”, conclui o relator do caso. Processo: 0535084-43.2009.4.05.8100 Fonte: Conselho da Justiça Federal/AASP |
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quinta-feira, 13 de junho de 2013
CJF - Concubinato fruto de adultério não dá direito à pensão previdenciária
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