Embora
os honorários advocatícios constituam direito autônomo do advogado, não
se exclui da parte a legitimidade concorrente para discuti-los. Assim,
não ocorre deserção quando o recurso discute apenas a verba honorária e o
autor é beneficiário da gratuidade de justiça.
A decisão é da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), tomada em julgamento de recurso especial interposto contra decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). O tribunal paulista determinou o recolhimento de preparo (custos previstos para acionar o Judiciário) em recurso que discutia apenas a reforma dos honorários advocatícios. Para o TJSP, apesar de ter sido concedida a gratuidade de justiça à parte, esse benefício não se estende ao advogado, por se tratar de interesse exclusivo do patrono. Recolhimento desnecessário No STJ, entretanto, a desembargadora convocada Diva Malerbi, relatora, votou pela reforma do acórdão. Segundo ela, a decisão do tribunal de origem vai contra a jurisprudência da corte. O Superior Tribunal de Justiça considera que “apesar de os honorários advocatícios constituírem direito autônomo do advogado, não se exclui da parte a legitimidade concorrente para discuti-los, inocorrendo deserção se ela litiga sob o pálio da gratuidade da justiça”. A turma, por unanimidade, aprovou o recurso especial para declarar a desnecessidade de recolhimento do preparo e determinar o retorno dos autos ao tribunal de origem para que prossiga no julgamento da causa. Processo: REsp 1596062 Fonte: Superior Tribunal de Justiça/AASP |
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sexta-feira, 29 de julho de 2016
STJ - Gratuidade de justiça se estende a advogado que discute verba honorária
STJ - Gratuidade de justiça se estende a advogado que discute verba honorária
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