Vacina contra coronavírus testada em humanos gera resposta segura, diz farmacêutica
Níveis dos anticorpos das primeiras oito pessoas testadas foram semelhantes aos das recuperadas da covid-19
Redação, O Estado de S.Paulo
18 de maio de 2020 | 12h36
A
empresa de biotecnologia e da área farmacêutica Moderna anunciou nesta
segunda-feira que testes preliminares de uma possível vacina para o novo
coronavírus tiveram resultados positivos. De acordo com a empresa
americana, a primeira vacina contra o novo coronavírus
testada em pessoas parece ser segura e capaz de estimular uma resposta
imunológica contra o vírus. Os resultados são baseados na reação das
oito primeiras pessoas que receberam, cada uma, duas doses da vacina, a
partir de março.

O
resultado envolve um número pequeno de pacientes. A empresa anunciou que
deve realizar novos testes em julho que podem envolver 600 pessoas. A
Food and Drug Administration (FDA), órgão equivalente à Anvisa no
Brasil, já autorizou a segunda fase dos testes. "A fase provisória 1,
embora em estágio inicial, demonstra que a vacinação com o mRNA-1273
produz uma resposta imune da mesma magnitude que a provocada por
infecção natural", disse Tal Zaks, diretor médico da Moderna, em
comunicado.
Caso os testes da segunda fase sejam bem-sucedidos,
Tal Zaks afirma que uma vacina poderá ficar disponível para uso
generalizado até o fim deste ano ou no início de 2021, "Estamos fazendo o
possível para chegar logo ao maior número possível de doses", informou.
O estudo clínico é realizado pelos Institutos Nacionais
de Saúde dos Estados Unidos, onde o governo investiu US$ 500 milhões de
dólares para essa potencial vacina. O presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump, afirmou que aguarda a descoberta de uma vacina até o final
do ano.
Reações adversas
Três
doses da vacina foram testadas: baixa, média e alta. Os resultados
informados nesta segunda-feira são relativos às doses baixa e média. A
única reação adversa foram vermelhidão e uma sensação
de dor muscular nos braços de um voluntário. A dose alta está sendo
eliminada de estudos futuros porque as mais baixas parecem funcionar tão
bem que ela não é necessária.
Não há tratamento ou vacina
comprovada contra o coronavírus no momento. Dezenas de empresas nos
Estados Unidos, Europa e China estão correndo para produzir vacinas a
partir dos mais variados métodos. Alguns usam a mesma tecnologia adotada
pela Moderna, que envolve um segmento de material genético do vírus,
chamado RNA mensageiro, ou mRNA. O presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, afirmou que aguarda a descoberta de uma vacina até o final do
ano.
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