TJDFT - Turma decide que acordo entre as partes é viável mesmo após a prolação da sentença | |
"À
luz da sistemática processual vigente, a sentença, ainda que transitada
em julgado, não impede a homologação de acordo submetido pelas partes à
chancela judicial, pois havendo composição das partes para o
encerramento do processo. É impróprio cogitar-se de qualquer empecilho
judicial a sua homologação". Com esse entendimento, a 3ª Turma Recursal
do TJDFT deu provimento ao recurso de uma seguradora que buscava
reverter sentença condenatória em seu desfavor.
O autor ingressou com ação pleiteando a devolução das parcelas do contrato de seguro cancelado pelo fornecedor, a devolução em dobro de quantia objeto de cobrança posterior e indenização por dano moral. O próprio réu reconheceu o erro - o vício do serviço decorrente do faturamento equivocado das parcelas do seguro contratado - que culminou com o indevido cancelamento do contrato. Diante disso, a juíza originária sentenciou o processo, concluindo que o autor faz jus à devolução em dobro do valor descontado de sua conta (mesmo após o indevido cancelamento unilateral do contrato), bem como à devolução dos parcelas pagas, haja vista o inadimplemento absoluto da seguradora. Entendeu, contudo, que não houve a mínima indicação de violação a atributo de personalidade do autor, tornando incabível os alegados danos morais. Após prolação da sentença, em agosto de 2013, e o respectivo trânsito em julgado, foi juntado aos autos pedido de reconsideração e acordo, ambos apresentados pela parte ré, comprovando a satisfação do crédito - o que levou a magistrada a julgar extinta a fase de cumprimento de sentença. Inconformada, a ré interpôs recurso visando à modificação da sentença e a recepção do acordo celebrado entre as partes, ao argumento de que a transação trata de direito eminentemente patrimonial, não havendo justificativa jurídica para a recusa. Em sede recursal, a Turma acatou tal argumento, destacando que "cabe ao juiz, a qualquer tempo, tentar conciliar as partes (art. 125 do CPC), de maneira que, em havendo composição da lide para o encerramento do processo, é impróprio cogitar-se de qualquer empecilho judicial a sua homologação". A decisão foi unânime. Processo: 2013.01.1.037655-7 Fonte: Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios/AASP |
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segunda-feira, 24 de março de 2014
TJDFT - Turma decide que acordo entre as partes é viável mesmo após a prolação da sentença
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