Tribunal mantém condenação de homem acusado de aliciar crianças e compartilhar material pornográfico
Réu integrava rede de pedofilia.
A
16ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo
fixou em 10 anos e seis meses de reclusão, em regime inicial fechado, a
pena de réu condenado por convencer crianças e adolescentes a enviarem
fotos e vídeos explícitos e compartilhar o material com outros
pedófilos.
Consta nos autos que o acusado
integrava rede que aliciava as vítimas por meio de aplicativos de
mensagens para assim obter fotos e vídeos. Utilizando perfis falsos, o
homem convencia as crianças e adolescentes a
produzirem e enviarem conteúdo pornográfico, que em seguida era
compartilhado nos grupos. Por vezes, especialmente quando era bloqueado
pelos alvos, repassava o contato a outros usuários para que eles
obtivessem o material, utilizando-se do mesmo modo de agir. Após
denúncia anônima, foi deferido mandado de busca e apreensão e quebra de
sigilo contra o acusado. Em seu notebook e celular foram encontradas
milhares de imagens e vídeos contendo pornografia infanto-juvenil.
“Do conjunto probatório coligido
não resta qualquer dúvida quanto à responsabilidade penal do acusado,
não se havendo falar em fragilidade probatória”, afirmou o desembargador
Guilherme de Souza Nucci, relator da apelação. “Também está
caracterizado o crime de associação criminosa, posto que, por diversos
meses, o acusado integrou grupos cujo objetivo era obter e compartilhar
material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes. Inclusive,
tais grupos possuem regras sobre a exclusão de indivíduos que não
estivessem desempenhando tal função a contento, havendo constantes
incentivos e cobranças para a obtenção e produção de material ilícito.”
O julgamento teve a participação dos desembargadores Camargo Aranha Filho e Leme Garcia. A decisão foi unânime.
Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (18 de maio) - Para marcar esta data, que foi instituída em todo o país no ano de 2000 em memória da menina Araceli Crespo, violentada e morta em 1973, durante a semana o TJSP publica decisões que representam o engajamento da Corte paulista no combate à violência e exploração sexual infantil.
Comunicação Social TJSP – GA (texto) / Internet (foto)
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