Justiça de Hortolândia condena líder religioso por crimes contra a dignidade sexual
Atos cometidos contra mais de dez vítimas.
A
1ª Vara Criminal de Hortolândia condenou líder religioso pelos crimes
de estupro, violação sexual mediante fraude, importunação sexual,
assédio sexual e injúria. As penas foram fixadas em dois anos, quatro
meses e dez dias de detenção, em regime semiaberto, pelo primeiro crime
de assédio sexual e 16 anos, 3 meses e 17 dias de reclusão, em regime
fechado, pelos demais. Segundo os autos, o réu aproveitou-se da condição
de pai de santo para praticar os crimes reiteradas vezes contra 13
vítimas, frequentadoras de terreiro de umbanda.
De
acordo com o juiz Andre Forato Anhe, os crimes ocorreram nas
dependências do terreiro, nas consultas reservadas que aconteciam na
chamada “sala de búzios”, na casa das vítimas e durante percursos a
bordo de seu veículo. Também foram praticados por meio de mensagens de
texto, vídeos e áudios privados.
“São
relatos, documentos e áudios que formam um conjunto firme, coeso e
harmônico sobre a conduta do acusado, que, de modo sistemático, valeu-se
do poder de influência e temor reverencial inerente ao cargo de pai de
santo para ofender a dignidade, constranger, assediar, importunar e
violentar sexualmente as vítimas, que eram seus seguidores”, escreveu.
Cabe recurso da decisão.
Comunicação Social TJSP – RD (texto) / Banco de imagens (foto)
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