Mantido júri que condenou réu por atear fogo em ex-companheira
Pena fixada em 24 anos de reclusão.
A 10ª Câmara
de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve júri
que condenou réu por atear fogo em ex-companheira. Foram reconhecidas as
qualificadoras de feminicídio, motivo fútil e emprego de fogo, tendo a
pena sido fixada em 24 anos de reclusão, em regime inicial fechado.
Consta nos autos que o
homem e a vítima mantiveram união estável por cinco anos. Após o término
do relacionamento surgiu uma desavença sobre a divisão do patrimônio,
pois ele passou a exigir metade do valor do estabelecimento comercial da
ex-companheira. Por causa disso, o réu ateou fogo na mulher e fugiu. A
vítima ficou internada por 45 dias, mas não resistiu às queimaduras. O
homem foi posteriormente encontrado no estado da Bahia.
De acordo com o desembargador
Nuevo Campos, relator da apelação, “em relação às qualificadoras do
crime de homicídio, por encontrarem nos autos suficientes elementos
probatórios, devem prevalecer”. Segundo ele, a qualificadora de
feminicídio é compatível com as circunstâncias do crime apuradas durante
a persecução penal, “uma vez que a vítima, do sexo feminino, era
ex-companheira do acusado”. O magistrado ainda citou a “personalidade
desajustada do agente, voltada à prática de crimes”.
O julgamento teve a participação dos desembargadores Rachid Vaz de Almeida e Carlos Bueno. A decisão foi unânime.
Dia da Internacional da Mulher (8 de março) – Para marcar a data, oficializada pela ONU em 1975, o portal do TJSP publica ao longo da semana notícias de decisões relacionadas à proteção dos direitos das mulheres.
Apelação nº 0000799-69.2017.8.26.0609
Comunicação Social TJSP – FV (texto) / Internet (foto)
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