Gaorp discute ocupações em cidades do interior do Estado
Reunião virtual realizada na quinta-feira (6).
O
Grupo de Apoio às Ordens Judiciais de Reintegração de Posse (Gaorp) do
Tribunal de Justiça de São Paulo realizou reunião virtual na
quinta-feira (6) para discutir ocupações em três municípios do interior
do Estado. O objetivo do grupo é buscar alternativas mais humanas nos
processos de reintegração de posse, a fim de minimizar o impacto social
nas famílias envolvidas e garantir a preservação de direitos dos
ocupantes e dos proprietários. As reuniões foram conduzidas pela juíza
assessora da Presidência e coordenadora do Gaorp, Ana Rita de Figueiredo
Nery.
No primeiro encontro, foi
debatida a situação de uma área particular na Comarca de Caraguatatuba,
ocupada por cerca de 400 pessoas e 185 moradias. Após deliberações, os
representantes dos autores e dos ocupantes se comprometeram a conversar
sobre eventual proposta de aquisição da área pelas famílias que ocupam o
local. Além disso, a municipalidade realizará o cadastramento dessas
famílias. As propostas foram acolhidas pelo juiz Walter de Oliveira
Junior, titular da 3ª Vara Cível de Caraguatatuba (Processo nº 0005274-86.2022.8.26.0126).
O segundo caso discutido foi o
de uma área mista invadida na Comarca de Campinas, com uma pequena parte
dos ocupantes em terreno particular e o restante em área pertencente à
União. Diante do impasse em relação à parcela da área pertencente ao
autor, foi proposta a realização de vistoria técnica para identificar
precisamente a área objeto da ação de reintegração, bem como as famílias
que poderão ser afetadas. Após emissão do relatório técnico, o
Município comparecerá para realizar um levantamento socioeconômico das
famílias ocupantes. As propostas foram aceitas pelo juiz Daniel Ovalle
da Silva Souza, da 5ª Vara do Foro Regional de Vila Mimosa da Comarca de
Campinas (Processo nº1054498-22.2016.8.26.0114).
A última reunião do dia tratou
de uma área particular ocupada na cidade de Cajamar. Não houve consenso
entre os participantes e o Grupo, então, sugeriu que o caso fosse
devolvido ao juiz Renato dos Santos, da 1ª Vara de Cajamar, responsável
pelo processo, com a proposta de que o município seja instado a realizar
estudos para realocação dos moradores, conforme a ADPF 828, ou, se
preferir, buscar junto ao Governo do Estado soluções de abrigamento dos
ocupantes.
Gaorp - As
reuniões são realizadas no Palácio da Justiça quando as áreas em questão
estão localizadas na Região Metropolitana da Capital e virtualmente nos
casos das cidades do interior do Estado. Os encontros contam com a
presença dos juízes responsáveis pelos casos, membros do Ministério
Público, Defensoria Pública, Secretaria de Relações Institucionais da
Presidência da República, secretarias do Governo de São Paulo,
Prefeitura, Defesa Civil, Polícia Militar, Polícia Civil, Procuradoria
do Estado, CDHU e representantes dos proprietários dos imóveis e das
famílias ocupantes.
Comunicação Social TJSP – GC (texto) / internet (foto)
imprensatj@tjsp.jus.br
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