CNJ – Supremo e MEC oficializam acordo de doação de bibliotecas a presídios
O acordo de doação de 40 bibliotecas,
com cerca de 20 mil livros, para presídios em todo o país, foi assinado
na manhã desta terça-feira (17) pela presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen
Lúcia, e pelo ministro da Educação, Mendonça Filho. “A leitura é
instrumento importante de respeito aos direitos humanos e, ao mesmo
tempo, de humanização das penitenciárias brasileiras, que se encontram,
em grande parte, em uma situação bastante crítica”, disse o ministro ao
final da audiência com a presidente do Supremo.
Ele lembrou que a leitura ajuda “na formação educacional daqueles que
estão em situação de privação de liberdade e também funciona como um
instrumento válido para a remição de pena”, que é o direito de o
condenado abreviar o tempo de sua sentença penal. Segundo o ministro da
Educação, o cronograma de distribuição dos livros deverá ser formalizado
nas próximas semanas e será definido pelo Supremo em parceria com os
Tribunais de Justiça e as secretarias estaduais que cuidam da
administração dos sistemas penitenciários. “O cronograma obedecerá uma
lógica de atendimento às penitenciárias que tenham maior necessidade em
termos de biblioteca”, afirmou.
Outras iniciativas
O ministro da Educação informou ainda que disse para a presidente do
Supremo que, a partir do segundo semestre de 2017, o Exame Nacional para
Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) será
oferecido ao sistema penitenciário nacional, permitindo que presos
possam obter a certificação de conclusão do ensino fundamental e médio.
“Na visão da presidente Cármen Lúcia isso é algo muito positivo”, disse.
Segundo ele, amanhã deverá ser oficializada a separação entre Enem e
Encceja, ficando o primeiro mecanismo para acesso às universidades e o
segundo, como sistema de certificação de conclusão do ensino fundamental
e médio. Outras iniciativas, de acordo com o ministro, serão a oferta
de educação a distância e educação técnica a presidiários por meio de
uma maior proximidade de atuação do Mec junto ao Ministério da Justiça
(MJ) e do Judiciário.
Fonte: Conselho Nacional de Justiça/AASP
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