TJSC – Jovem que se utilizou de redes sociais como arma contra a ex-namorada seguirá preso
Sua defesa, por meio de habeas corpus, pleiteou liberdade ou ainda a
substituição da segregação por medidas cautelares mais brandas. Para
tanto, sustentou a primariedade do rapaz, a inexistência de antecedentes
ou condutas desabonadoras e o fato de residir com seus pais.
O desembargador Ernani Guetten de Almeida, relator do HC na 3ª Câmara
Criminal do TJ, considerou tais predicados insuficientes para
justificar a concessão da liberdade pretendida, principalmente diante do
modus operandi do réu ao impingir verdadeiro pânico na vítima, com a
possibilidade concreta de recrudescimento.
Segundo os autos, após o término do relacionamento, o jovem ameaçou
vazar fotos da intimidade do ex-casal em grupos de WhatsApp. E logo
cumpriu a promessa. Na sequência, passou a controlar os passos da ex no
trabalho e na escola. Novamente pelas redes sociais, enviou mensagens em
que dizia estar “de olho” na vítima e que teria um “presentinho” para
ela – aviso acompanhado pela foto de um revólver.
“O paciente mostra total descontrole emocional e personalidade
violenta, o que demonstra ser bastante provável a prática de atos ainda
mais graves, o que coloca a vulnerável vítima em real situação de
perigo, assim como as pessoas que com ela convivem”, interpretou o
relator. A câmara, de forma unânime, entendeu ser necessária a
manutenção da segregação para garantir a ordem pública, diante da
possibilidade real de reiteração das condutas. O processo tramita em
segredo de justiça.
Fonte: Tribunal de Justiça de Santa Catarina/AASP
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