Agência Brasil – Câmara rejeita destaques e conclui votação do projeto que libera terceirizaçã
Com a rejeição dos seis destaques
propostos por partidos de oposição para modificar o texto, a Câmara dos
Deputados concluiu ontem (22) a votação do Projeto de Lei (PL) 4.302/1998
que libera a terceirização para a contratação de empregados em todas as
atividades das empresas. Com a conclusão da votação, o projeto segue
agora para sanção presidencial.
Na noite dessa quarta-feira, o plenário aprovou a matéria por 231
votos a favor, 188 contra e 8 abstenções. Pelo projeto, as empresas
poderão terceirizar também a chamada atividade-fim, aquela para a qual a
empresa foi criada. A medida prevê que a contratação terceirizada possa
ocorrer sem restrições, inclusive na administração pública.
Atualmente a legislação veda a terceirização da atividade-fim e prevê
a adoção da prática em serviços que se enquadrem como atividade-meio,
ou seja, aquelas funções que não estão diretamente ligadas ao objetivo
principal da empresa.
Entre os destaques rejeitados estão um do PDT que pedia a retirada do
texto do ponto que prevê a possibilidade de contratação de temporários
para substituir grevistas se a greve for declarada abusiva ou houver
paralisação de serviços essenciais.
Também foi rejeitado o destaque do PT que pretendia retomar texto da
Câmara para que o contrato temporário fosse restrito ao meio urbano e
excluísse o meio rural. O destaque também determinava a proibição da
realização de contratos temporários entre empresas do mesmo grupo
econômico.
Outro destaque rejeitado, apresentado pelo PSOL previa a supressão da
previsão de responsabilidade subsidiária das empresas contratantes e a
inserção no seu lugar da responsabilidade solidária, na qual a
responsabilidade pelos direitos trabalhistas é dividida entre a empresa
contratante e contratada. Com a manutenção da responsabilidade
subsidiária, as empresas contratantes só terão algum tipo de
responsabilidade, em caso de dívidas trabalhistas, se a contratada não
conseguir saldar os débitos.
Fonte: Agência Brasil/AASP
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